21 de maio de 2023

Ultimamente meu cérebro tem me bombardeado com questionamentos e mudanças. Já não sou mais o mesmo que fui quando escrevia aqui, neste recinto onde por muitos anos desabafei palavras ao vento, ou melhor aos circuitos da internet.. A vida tem mudado, a personificação da vida adulta é algo que vislumbra e ao mesmo tempo assusta. De modo que, ainda há em mim um receio de me perder nesse turbilhão de mudanças que surgiram em meu caminho e trajeto até aqui.

Estou há três anos consecutivos exercendo minha profissão em uma CTI, em meio a percas e vitórias percebo que um pouco de minha humanização também se foi com os tantos pacientes que já perdemos até aqui, principalmente no auge da Pandemia de 2020; contudo, percebo que foram estes momentos de terror que me afinaram e me deixaram mais potente profissionalmente, destemido e mais rígido, talvez. Percebo que a visão que eu tinha de enfermagem não chegava nem perto do que realmente é ser um Enfermeiro. E que as cobranças e responsabilidades são intrínsecas de mais para serem irrelevantes ou deixadas de lado. Superando, entre trancos e barrancos me vejo uma pessoa melhor, um ser humano melhor, talvez. Sinto falta da inocência de Gislei adolescente, sinto falta de não ver tanta maldade disfarçada em olhares sorridentes, mas isso é o de menos se pesar na balança das percas e ganhos.

A vida amorosa continua um lixo, parada, monótona. Dizem que escolho de mais. E talvez seja verdade. Mas nunca fui uma pessoa de meios termos, e não seria agora que seria diferente. Talvez agora, isso afunilou mais, e consequentemente ficou mais difícil, sincronizar, realizar a troca química necessária para embarcar em um tipo de relação que não seja fria nem morna a ponto de que eu vomite minhas expectativas de um relacionamento de verdade sob ninguém. Mas, ainda acredito que um dia essa parte deslanche. E que, seja avassaladora e sutil como eu venho imaginando nesses anos que se passam. 

Sempre fui uma pessoa de amizades, e aqui nesta cidade não tem sido diferente. Me recordo de meus amigos da capital, e também os da minha cidade natal, minha base. Aqui não foi diferente, conheci pessoas fantásticas, em particular um casal de amigos que ajudaram que eu superasse esse furacão de mudanças, e o melhor, zelaram e vem zelando por mim até aqui. São pessoas incríveis e únicas, adotei como família, e a reciprocidade tenho sentimento que é verdadeira.

Para atualizar isso aqui, talvez eu volte no futuro para compartilhar novos episódios e devaneios que venho sentindo nesse coração turista e nessa cabeça e vive no mundo da Lua, ou talvez não. A Ansiedade tem me atacado de forma que não sei explicar. Sinto que estou em meu caminho, mas as vezes me vejo perdido. Não sei se meus pensamentos estão bem organizados, mas.. Espero que as turbulências emocionais estacionem em breve. Não quero mais somatizar. Sinto que preciso de uma mudança, mas ainda não sei qual. Tive oportunidades fantásticas na ala profissional, a qual muitas pessoas almejam. Mas, como disse, eu nunca fui uma pessoa típica, e não seria diferente na vida profissional. Sem mais, sigo tentando um dia após o outro. A intensidade continua a mesma, ao menos isso ainda me faz recordar que eu sou Gislei Brasil Deveraux.

o normal de cada um deve ser original.

5 de janeiro de 2021

Todo mundo quer se encaixar num padrão. Só que o padrão propagado não é exatamente fácil de alcançar. O sujeito 'normal' é magro, alegre, belo, sociável, e bem-sucedido. Bebe socialmente, está de bem com a vida, não pode parecer de forma alguma que está passando por algum problema. Quem não se 'normaliza', quem não se encaixa nesses padrões, acaba adoecendo. A angústia de não ser o que os outros esperam de nós gera bulimias, depressões, síndromes do pânico e outras manifestações de não enquadramento.

A pergunta a ser feita é: quem espera o quê de nós?

Quem são esses ditadores de comportamento a quem estamos outorgando tanto poder sobre nossas vidas? Eles não existem! Nenhum João, Zé ou Ana bate à sua porta exigindo que você seja assim ou assado. Quem nos exige é uma coletividade abstrata que ganha 'presença' através de modelos de comportamento amplamente divulgados. Só que não existe lei que obrigue você a ser do mesmo jeito que todos, seja lá quem for todos. Melhor se preocupar em ser você mesmo.

A normose não é brincadeira.

Ela estimula a inveja, a auto-depreciação e a ânsia de querer o que não se precisa. Você precisa de quantos pares de sapato? Comparecer em quantas festas por mês? Pesar quantos quilos até o verão chegar? Não é necessário fazer curso de nada para aprender a se desapegar de exigências fictícias.

Um pouco de auto-estima basta. Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente, e sim, aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida a seu modo. Criaram o seu 'normal' e jogaram fora a fórmula, não patentearam, não passaram adiante.

O normal de cada um deve ser original.

Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros. É fraude. E uma vida fraudulenta faz sofrer demais. Eu simpatizo cada vez mais com aqueles que lutam para remover obstáculos mentais e emocionais, e a viver de forma mais íntegra, simples e sincera. Para mim são os verdadeiros normais, porque não conseguem colocar máscaras ou simular situações.

Se parecem sofrer, é porque estão sofrendo. E se estão sorrindo, é porque a alma lhes é iluminada. Por isso divulgo o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes.

todo tempo é tempo de qualidade.

16 de agosto de 2020

Jardim de Luxemburgo | Michella Emilio

Nunca acreditei no tal tempo de qualidade, onde pequenas horas em determinados momentos valessem mais que várias horas ao lado de pessoas importantes, ao meu ver todo o tempo junto a quem é importante para nós é valiosíssimo, seja ele como for.

Esses dias li esse artigo no New York Times, do colunista Frank Bruni : “The Myth of Quality Time” (O mito do tempo de qualidade), artigo que me instigou a falar sobre o tal tempo de qualidade aqui.

O autor conta que a sua família se encontra todos os anos, durante uma semana inteira no verão. Até então, ele sempre tentava se esquivar de toda essa convivência chegando um dia atrasado e indo embora uns 2 dias antes. Nos últimos anos ele se propôs a ficar a semana inteira. E foi aí que notou a diferença. 

Ficando mais tempo, ele percebeu que aumentou muito a probabilidade de que ele estivesse presente naquele momento exato, mas puramente randômico, em que um de seus sobrinhos pede um conselho, um irmão relembra aquela história de infância que fará todos rirem incontrolavelmente, ou quando a sua sobrinha precisa de alguém além de seus pais para lhe dizer o quanto ela é esperta e, de repente, a corrente aconchegante e feliz do vínculo afetivo fica ainda mais apertada.

Os seres humanos são assim, não há como planejar com alguém, escute aqui, agora vamos nos sentar e falar das nossas maiores aflições e planos de vida, visto que só temos algumas horas. Não, não é assim. As nossas emoções e humores não operam com pré-programação.
Os casais também passam a morar juntos não apenas por uma questão financeira, mas por entenderem consciente ou instintivamente que a proximidade continuada é o melhor caminho para a alma de uma outra pessoa.

Simplesmente não há substituto para a presença física.

Então você que franziu a testa sabendo que no domingo tem encontro da família, quem sabe muda de ideia e aparece para conversar um pouco e dar umas boas risadas. Vai que alguém está precisando contar uma história há tempos, ou aquele conselho que você tanto queria surge bem ali, enquanto lava a louça ou repete a sobremesa.

como diria blavatsky

13 de agosto de 2020


Não sei olhar pra mim sem ser no espelho, talvez por que não queira descobrir de onde vim, ou quem eu sou. Mas ao me deparar contigo, eu lembro de um tempo.. De um tempo em que os humanos não escravizavam os animais, de um tempo em que entendíamos que somos seres imortais!
Do outro lado da galáxia era você o meu mentor. Brincando, assim me preparava para o ouro e para dor dessa missão que eu mesmo escolhi..
E antes de eu "descer" me avisou:
- Você não vai saber por que está ali
- Você não vai saber lidar com seu poder
- Nem mesmo vai lembrar quem é, nem de onde vem
Mas hoje, de algo em seu olhar eu me encontrei Você me faz lembrar que somos Deuses caídos na terceira dimensão, e que se estamos aqui foi nossa a escolha então. E porque não dizer que temos tempo Pra tudo?

A intuição.

12 de agosto de 2020

O Tempo Descobre a Verdade — 1871 | Juan Antonio.

Há uma voz no silêncio que fala; Mesmo antes da primeira gota de chuva cair sobre a terra seca, antes do vento vir cavalgando dentre a mata trazendo a notícia da chuva —   essa voz te alerta!

A intuição guarda em si o passado e futuro no momento presente, quando se está consciente tudo vibra, a chave é a atenção e vontade, não só as pessoas ou o que aparentemente tem vida, mas também os objetos ditos inanimados, eles têm memórias, tem uma vida, pois onde quer que a vida toque, há vida! Quando os olhos da consciência passam pela matéria, nada permanece inerte.

Talvez teu medo não seja de perder o controle, mas de possuí-lo. O poder traz tanto liberdade quanto responsabilidade, depende dos "olhos" de quem observa. Só se perdendo que se descobre um novo caminho ou lugar. Para se conhecer é preciso pular nos abismos mais sombrios do teu próprio ser; sem medo. Por maior que seja as trevas, elas não engolem o mínimo lampejo de luz — do contrário! — toda escuridão é revelada e Distinguida.

Quem tem uma missão não teme o fracasso, pois está muito ocupado com seu trabalho. Quanto mais trevas, mais nosso mundo interno pode se manifestar, mas o que guardamos no "porão" da nossa alma (?) — tem alimentado monstros ou heróis dentro de si? — O medo é culpa, se perdoe e continue, tudo é mental. Deixe essas palavras caírem na sua alma, como a chuva que ainda nem chegou, mas você a sente aqui e agora. Prepare o campo com boas sementes...
Antes dos sinais a voz silenciosa fala, e só a ouve, quem se cala.
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