17 de novembro de 2016

Ilustração: hhm

Tanto sentimento, tanta coisa dentro da gente que quando encontramos uma forma de externar acaba tudo se embolando em uma confusão sem fim, as vezes, eu não dou conta de externar tudo que penso e sinto, ai fica tudo só somatizando e acabo ficando mal, recorro a cigarros, álcool, mas nada resolve a bagunça que ainda se encontra. Final de semestre, sonhos em copos de vidro fosco, dedos perfumados com nicotina e alcatrão e um tanto de coisa.

Quando vim pra capital o foco era a tão sonhada liberdade mas as vezes ela vem com um preço e uma responsabilidade tão cara, mas tão cara que era melhor que se pudesse pagar com dinheiro. Entre momentos e picos de pensamentos a unica coisa que cobiço é sair por ai sem destino, sem convicções e me encontrar em um lugar calmo e pacifico, e ficar ali por horas até as coisas voltarem ao lugar, se é que um dia estiveram em seu devido lugar. Tanta gente que entra e sai de nossas vidas sem a gente nem perceber que fica até difícil contabilizar. Panos negros cobrindo as janelas reforçam um pouco do momento sutil mas ao mesmo tempo sobrecarregado transito.

As vezes o pensamento de desistir e jogar tudo pro ar é tão forte que chego a alimentar as possibilidades, de deixar tudo e ir embora, pra meu refugio, meus problemas, minhas loucuras, meu interior. Mas volto a ter senso e percebo que as possibilidades de que as coisas deem certo são mais fortes aqui, e talvez isso me segure um pouco mais nessa cidade de brita que me instalei.

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