O limite

20 de outubro de 2016


Andei sumido daqui (e de tantos outros “lugares”) porque estava preso no meu limite. Ali eu entrei, fiquei, me demorei e agora abri a porta para sair, são e salvo. Reconhecer que chegamos ao limite, seja ele qual for, é algo que dá medo porque sempre o associamos a um basta, que puxa uma mudança ousada, que traz o medo outra vez. Mas senti que era necessário, foi (e é) como escolher morrer para renascer na manhã seguinte, a gente precisa aprender a morrer mais.

Então eu joguei tudo no chão, tudinho. Joguei meu cansaço de universidade, de relações, as dificuldades, as dúvidas, a falta de espaços, os apegos, as lutas internas, as externas, as insatisfações, os excessos de falta, as faltas de excesso, as cobranças, os medos, as inseguranças, as incompreensões, as reclamações, as fraquezas, as responsabilidades, as expectativas, as frustrações, as dores, as mágoas, as angústias, as forças, tudo. E meu corpo, sabido que é, não quis ficar pra trás e logo entrou em colapso também. Chegaram então, num piscar de olhos ainda meio perdidos, um nariz bloqueado, um peito cheio, uma cabeça pulsando dor, uma garganta arranhada, uma febre ardente. E, pela primeira vez em não sei quanto tempo, eu me permiti ficar ali, deitado, rendido por um dia todo. Os limites pedem presença, a gente tem que estar por inteiro ali, ancorando o agora dessa entrega urgente.

Desde a mudança para a capital minha vida não tem sido a mesma, tudo requer adaptação. Mas acredito que por bem ou por mal estou me adaptando, e é um caminho necessário pra chegar em um futuro tanto almejado. Pretendo dar mais atenção ao blog, assim como a tantas outras coisas que andaram meio “abandonadas” ultimamente. Até breve! ;)

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