Testemunho de um Necromante

27 de fevereiro de 2015


Vi os raios rasgarem os céus
Quando os corvos grasnavam de alegria
Pois, mais de mil corpos caídos, eram seus
Sacerdotes, reis, homens, nenhum resistia

Fui testemunha da ignorância
Vi aflorar em poucos a sabedoria
Vi estes mesmos poucos homens queimarem em chamas
Pelos mesmos ignorantes homens que com eles conviviam

Acendi secretamente, as velas negras sob o altar
Para em um vil ritual, a Hécate, invocar
Tracei os círculos com símbolos mágicos no chão
Três vezes, para prender vossa atenção

Escutei os grunhidos dos gigantes
Quando um à um padeciam nas guerras
Vi a estrela da manhã a surgir brilhante
Em forma humana, de energia, de sentimentos e de estranha fera

Fui eu quem talhou o ídolo que odeias
Sussurrei feitiços poderosos nas florestas
Injetei o veneno em tuas veias
E ajudei Levi a escrever o que detestas

Faço o que faço e fiz o que fiz
Pois perguntei e responder-me, ninguém quis.
Subverti os símbolos sagrados invertendo-os
Queimei os teus pergaminhos e tornei tortuosos os teus caminhos
(Autor Desconhecido)

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